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TRABALHO SOBRE TAYLOR 2º PERIODO

26/03/2010 19:32

 

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

 

 

 

LUCIENE ALEXANDRE LEMOS

JOÃO JUNIO FILADELFO DE CARVALHO

PATRÍCIA DOS SANTOS LEOPOLDINO

 

 

 

 

 

 

FREDERICK W. TAYLOR

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CABO FRIO – RJ

2009


LUCIENE ALEXANDRE LEMOS

JOÃO JUNIO FILADELFO DE CARVALHO

PATRÍCIA DOS SANTOS LEOPOLDINO

 

 

 

 

FREDERICK W. TAYLOR

 

 

 

 

 

FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO I

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

 

SERGIO LUIZ MONTEIRO

 

 

 

CABO FRIO - RJ

2009

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Infelicidade é uma questão de prefixo.

Guimarães Rosa

 


 

Apresentação

No início do século XX Taylor inicia a chamada Escola da Administração Científica, preocupada em aumentar a eficiência da indústria por meio da racionalização do trabalho do operário. Daí a ênfase na divisão do trabalho, uma vez que as tarefas do cargo e seu ocupante constituem a unidade fundamental da organização. O foco era voltado para o método de trabalho, para os movimentos e o tempo padrão necessários a execução de determinada tarefa. Esse cuidado analítico permitia a especialização do operário e o reagrupamento de movimentos, operações, tarefas, cargos etc., que constituem a chamada Organização Racional do Trabalho (ORT).

A Administração Científica é, acima de tudo, uma corrente de ideias desenvolvidas por engenheiros que procuravam elaborar uma engenharia industrial dentro de uma concepção pragmática.

 

 


Biografia

Frederick Winslow Taylor nasceu na Filadélfia em 20 de março de 1856 em uma família de classe alta. Seu pai, Franklin Taylor, era um advogado bem sucedido formado em Princeton e sua mãe, Emily Annete Winslow, era uma ardorosa feminista e abolicionista que trabalhara com Lucretia Mott, importante ministra dos Quakers (fundação de cunho religioso e tradição protestante criada em 1652 pelo inglês George Fox com objetivos pacifistas e abolicionistas), grupo do qual a família Taylor era importante membro.

Aos 29 anos, Taylor completa sua faculdade de engenharia mecânica no Stevens Intituite of Technology, em New Jersey, enquanto trabalha em tempo integral. Outro feito de Taylor foi a conquista do torneio de duplas de tênis “Us Lawn Tennis Association” utilizando uma raquete por ele projetada.

A vida profissional de Taylor começou como aprendiz em uma fábrica – uma experiência que influenciou tudo o que fez adiante. Em seguida trabalhou da siderúrgica Midvale Steel Works, na Filadélfia, onde se tornou engenheiro chefe. O mais importante cliente de Taylor foi Bethlehem Iron Company, mais tarde conhecida como Bethlehem Steel Company. Taylor e outro graduado da Stevens fizeram da Bethlehem a fábrica mais moderna do mundo e protótipo potencial para outros tipos de indústrias. Seu plano dinâmico de produção, além de análises de tempo real de produção diária e de custos, assim como um moderno sistema de contabilidade, reduziram o número de trabalhadores de 500 para 140, ao mesmo tempo em que dobrou a produção.

Apesar de seus feitos impressionantes, Taylor fez muitos inimigos, especialmente entre a média e alta gerência. Alguns gerentes eram também donos de terras e quando Taylor reduziu a força de trabalho acharam que ele fosse acabar com a população de South Bethlehem. Ironicamente, foi exatamente para isso que eles o haviam contratado, mas acharam que nunca conseguiria. Os trabalhadores demitidos logo foram absorvidos por outras indústrias. Taylor foi demitido em maio de 1901 da Bethlehem após disputas com a nova gerência.

Após Bethlehem, Taylor jamais voltaria a ter um emprego convencional. Empenhado em divulgar suas ideias, o consultor viajava dando palestras, conquistando cada vez mais adeptos. Em 1908, quando Harvard criou um dos primeiros cursos de Administração de Empresas, baseou parte do currículo no Taylorismo. Quando seus métodos chegaram às fábricas de armas, aconteceu o de sempre: os trabalhadores se revoltaram. Eles acabaram organizando greves e – como armas sempre foram a prioridade dos Estados Unidos – a confusão atraiu a atenção do congresso. Em 1912, Taylor foi convocado a ir diversas vezes para Washington e explicar seu sistema de gestão a um comitê de deputados.

As idas à capital tornaram Taylor ainda mais famoso, mas o deixaram exausto. Em 1915, ele pegou uma pneumonia. Comemorou seu 59º aniversário sob uma cama de hospital. Morreu na madrugada do dia seguinte. Deixou uma viúva, Louise Spooner, três filhos adotivos, Kempton, Robert e Elizabeth, e princípios que continuariam sendo aplicados ao redor do mundo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Obras:

Shop Management (Direção de Oficinas)

Em 1903 Taylor publica seu primeiro livro, “Shop Management”, onde trata pela primeira vez de suas ideias sobre a racionalização do trabalho por meio do Estudo de Tempos e Movimentos (Motion-time Study).

Em essência, Taylor diz em Shop Management que:

  1. O objetivo de uma boa administração era pagar salários altos e ter baixos custos unitários de produção;
  2. Para realizar esse objetivo, a administração tinha que aplicar métodos científicos de pesquisa e experimento para o seu problema global, a fim de formular princípios e estabelecer processos padronizados que permitissem o controle das operações fabris;
  3. Os empregados tinham de ser colocados em serviços ou postos em que os materiais e as condições de trabalho fossem cientificamente selecionados, para que as normas pudessem ser cumpridas;
  4. Os empregados deveriam ser cientificamente adestrados para aperfeiçoar suas aptidões e, portanto, executar um serviço ou tarefa de modo que a produção normal fosse cumprida;
  5. Uma atmosfera de íntima e cordial cooperação tem de ser cultivada entre a administração e os trabalhadores, para garantir a continuidade desse ambiente psicológico que possibilite a aplicação dos outros princípios por ele mencionados.

 

 

The Art of Cutting Metals (A Arte de Cortar Metais)

1906 foi um ano bastante proveitoso para Taylor. É neste ano que ele publica “The Art of Cutting Metals”, é eleito presidente da Associação Americana dos Engenheiros Mecânicos e recebe o título honorário de Doutor em Ciência pela Universidade da Pensilvânia.

 

The Principles of Scientific Manangement (Princípios de Administração Científica)

Somente em 1911 é que Taylor publica sua obra mais importante revelando de vez os princípios da administração científica que se tornaria a base da Teoria Geral da Administração. Em “The Principles of Scientific Manangement” Taylor descreve toda sua teoria sobre a administração que contém princípios até hoje utilizados pelas empresas ainda que com algumas alterações, sendo por isso considerado pai da Administração Científica. Segundo o próprio Taylor, The Principles of Scientific Manangement é antes uma evolução do que uma teoria, tendo como ingredientes 75% de analise e 25% de bom senso.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Administração como Ciência

 

A administração deveria, segundo Taylor, ser tratada cientificamente e não empiricamente. A improvisação deveria ceder lugar ao planejamento metódico, ao estudo minucioso das tarefas, enfim, à Administração Científica.

 

Seu pioneirismo na investigação e análise pormenorizada do trabalho proporcionou-lhe um lugar privilegiado, algo incomum no campo organizacional. Tais análises podem ser desmembradas da seguinte forma:

 

·        Estudo dos tempos e movimentos (motion-time study);

·        O estabelecimento de padrões de execução para as tarefas;

·        Treinamento e especialização do pessoal, incluindo a direção;

 

Em resumo, a administração científica prega o estabelecimento de uma perspectiva metódica ao analisar e gerenciar a unidade de trabalho, desde o nível operacional até o cume da pirâmide organizacional.

 

Sob sua ótica, o principal objetivo da administração é proporcionar o máximo de prosperidade ao empregado e, concomitantemente, o máximo de prosperidade ao empregador, dando ao primeiro o que ele realmente almeja – altos salários – e ao segundo também o que ele mais deseja – baixo custo de produção.

 

Taylor defendia a administração científica como uma filosofia, ao passo que seus seguidores tiveram uma preocupação maior com a técnica, com o aspecto mecânico do sistema.

 

 “A administração científica consiste fundamentalmente em certos princípios gerais ou numa filosofia, aplicável de muitos modos, mas a descrição do que algumas pessoas acreditam ser o melhor meio de implantar esses princípios gerais não deve ser, absolutamente, confundida com os princípios em si.” (Princípios de Administração Científica, pág. 35).

 

 

Organização Racional do Trabalho (ORT)

 

Taylor verificou que em todos os ofícios os operários aprendiam a execução do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos. Como há sempre um método mais eficiente e um instrumento mais adequado que os demais, esses métodos e instrumentos melhores podem ser encontrados e aperfeiçoados por meio de uma análise científica e um acurado estudo de tempos e movimentos, em vez de ficar a critério pessoal de cada operário. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos em todos os ofícios recebeu o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).

 

Os principais aspectos da Organização Racional do Trabalho são:

 

1.     Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;

2.     Estudo da fadiga humana;

3.     Divisão do trabalho e especialização do operário;

4.     Desenho de cargos de tarefas;

5.     Incentivos salariais e prêmios de produção;

6.     Conceito de homo economicus;

7.     Condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto etc.

8.     Padronização de métodos e de máquinas;

9.     Supervisão funcional.

 

 

1.     Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos

 

O instrumento básico para a racionalização do trabalho dos operários era o estudo dos tempos e movimentos. Parte-se do princípio que o trabalho é executado com maior eficiência e eficácia através de sua análise, isto é, da divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação. Taylor viu então a possibilidade de decompor cada tarefa, cada operação, em uma série de movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados, ao passo que os úteis eram simplificados e aperfeiçoados para proporciona economia de tempo e de esforço ao operário. A essa análise seguia-se o estudo do tempo, que é a determinação do tempo médio de execução da tarefa com o auxílio de um cronômetro. A esse tempo médio era adicionado os tempo elementares, resultando então no chamado tempo padrão. Assim era padronizado o método de trabalho e estipulado o tempo necessário para o cumprimento das tarefas. O estudo do tempo e do movimento (motion-time study) permite a racionalização do tempo médio necessário para o cumprimento de determinada tarefa, contribuindo para um melhor controle do desempenho de cada operário. Traz algumas outras vantagens, a saber:

 

1.      Eliminação do desperdício de esforço humano e movimentos desnecessários;

2.      Racionalização da seleção e adaptação dos operários às tarefas;

3.      Facilidade no treinamento dos operários;

4.      Distribuição uniforme de trabalho, para que não haja períodos e excesso ou escassez;

5.      Estabelecimento de normas para a execução do trabalho;

 

Um dos seguidores de Taylor, Frank Gilbreth, introduziu o estudo dos tempos e movimentos como técnica administrativa básica para a racionalização do trabalho. Concluiu que os trabalhos manuais podem ser divididos em movimentos elementares. Tais movimentos corresponderiam aos movimentos realmente necessários à execução de qualquer tarefa.

 

 

2.     Estudo da fadiga humana

 

O estudo dos movimentos possui três finalidades básicas:

 

1.      Evitar movimentos desnecessários;

2.      Elaborar uma forma eficiente e econômica do ponto de vista fisiológico para a execução dos movimentos úteis;

3.      Ordenação apropriada dos movimentos

 

O estudo da fadiga não visava encontrar o máximo de trabalho que um operário poderia realizar em um curto espaço de tempo, mas descobrir o melhor rendimento diário que um bom trabalhador pode realmente obter, durante anos seguidos, sem prejudicar-se.

 

O estudo dos movimentos é pautado basicamente na anatomia e na fisiologia humana. Nesse sentido efetuaram-se estudos sobre o efeito da fadiga na produtividade do operário. Verificou-se que a fadiga predispõe o trabalhador para: diminuição da produtividade e qualidade do trabalho; perda de tempo; aumento da rotatividade de pessoal; doenças e acidentes e diminuição da capacidade de esforço.

 

Para a diminuição da fadiga foram propostos os princípios de economia de movimentos classificados em três grupos, a saber:

 

1.     Relativos ao uso do corpo humano;

2.     Relativos ao arranjo material do local de trabalho;

3.     Relativos ao desempenho das ferramentas e dos equipamentos

 

Em resumo, o objetivo era a racionalização dos movimentos, eliminando os que produzem fadiga e os que não estão diretamente relacionados com a tarefa executada pelo trabalhador.

 

 

3.     Divisão do trabalho e especialização do operário

 

A análise do trabalho e o estudo dos tempos e movimentos desencadeou a reestruturação das operações industriais nos Estados Unidos, eliminando os movimentos desnecessários e economizando energia e tempo. Uma das decorrências desses estudos foi a divisão do trabalho e a especialização do operário a fim de elevar sua produtividade. Com isso, cada operário passou a ser especializado na execução de uma única tarefa para ajustar-se aos padrões descritos e às normas de desempenho definidas pelo metido.

 

O trabalho não mais era escolhido pelo operário. Ele passaria por testes de aptidões e seria alocado na função em que seu potencial melhor pudesse ser explorado, como será dito no item Desenho de cargos e tarefas a segui.

 

 

4.     Desenhos de cargos e tarefas:

Desenhar um cargo é especificar o conteúdo de tarefas de uma função e as relações com os demais cargos existentes. O desenho de cargos é a maneira pela qual um cargo é criado, projetado e combinado com outros para execução de tarefas maiores.

 

5.     Incentivos salariais e prêmios de produção:

Para alcançar uma maior colaboração do empregado ante a empresa, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e prêmios de produção. A ideia básica era de que a remuneração baseada no tempo não estimulava ninguém a trabalhar mais, e deveria ser substituída por remuneração baseada na produção de cada operário. Assim, quanto mais o operário produzisse, maior seria a remuneração pelo seu trabalho.

 

6.     Conceito de Homo Economicus

Baseando-se no conceito de homo economicus, a administração cientifica discorre que toda pessoa é influenciada exclusivamente por recompensas salariais, sendo o homem motivado a trabalhar pelo medo da fome e necessidade do dinheiro para sobreviver. Além de trabalhar em função do dinheiro, o homem econômico era visto como um ser preguiçoso e muitas vezes culpado pelo desperdício das empresas e deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado e do tempo padronizado.

 

7.     Condições de Trabalho

Mesmo com seu método de trabalho e sistemas de tarifas diferenciadas, viu-se que o trabalhador necessitava de bem estar físico e diminuição da fadiga. Dentro dessas condições de trabalho destacou-se a necessidade de instrumentos e ferramentas adequadas para minimizar o esforço do trabalhador assim como a perda de tempo na execução da tarefa. A melhoria do ambiente físico de trabalho faria com que nem ruído ou qualquer interferência desse tipo reduzissem a eficiência do trabalhador. Outra preocupação que chamavam a atenção da administração cientifica foi o projeto de instrumentos e equipamentos especiais que reduziam movimentos inúteis. O conforto do operário e o ambiente físico ganham valor, não porque as pessoas merecessem, mas porque são essenciais para o ganho de produtividade.

 

8.     Padronização

Além da organização racional pensou-se também na padronização dos métodos de trabalho, com a padronização das maquinas e equipamentos, ferramentas e instrumentos de trabalho, matérias-primas e componentes para agilizar o trabalho do trabalhador, diminuir o desperdício e a perda de tempo com movimentos dispensáveis.

 

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9.     Supervisão Funcional

A especialização do operário deveria ser acompanhada da especialização do supervisor. Fazendo com que cada homem executasse funções cada vez menores, formaram-se especialistas que levavam aos funcionários conhecimento e orientação, produzindo em cada operário e no conjunto deles eficiência.


Conclusão

 

Quer discordemos de seus métodos ou não, a influência de Taylor na administração como hoje a conhecemos é inquestionável. A essência de suas idéias pode ser encontrada sem muito esforço desde os modernos complexos organizacionais até às micro e pequenas empresas. 

 

 

Influência de Taylor nas modernas organizações

 

Apesar das inúmeras críticas ao modelo taylorista, ele se faz necessário para o crescimento de qualquer organização contemporânea, sobretudo as industriais. Segmentação do trabalho, planejamento, seleção e treinamento de funcionários, incentivos salariais e condições ambientais adequadas ao ofício do trabalhador são apenas alguns dos legados de Taylor e seus seguidores. É inimaginável, por exemplo, uma empresa de produção automobilística sem uma linha de montagem, divisão de tarefas e prêmios de produção, mesmo com toda a tecnologia disponível.

 

Ademais, ele foi o primeiro a estudar os conceitos da racionalização e eficiência nas tarefas, que nada mais são do que o redesenho dos processos de trabalho a fim de aumentar a produtividade com o mínimo de desperdício aliado a uma maior satisfação do trabalhador, dilema enfrentado por grande parte dos gestores de nosso tempo.

 

Ainda respiramos suas idéias, vide o uso da robótica para alcançar a máxima produtividade em um tempo menor, tudo isso aliado a um mínimo desperdício. Embora se critique o trabalho mecânico, ele continua atual e está longe de ser instituído algo que o substitua.

 

Inconsistências, críticas e contradições da Administração Científica

 

A obra de Taylor é susceptível de críticas e contradições, afinal, um século se passara desde o surgimento da Administração Científica, o que não diminui o mérito de seu pioneirismo. A falta de estudos relacionados ao gerenciamento de grandes organizações, juntamente com a pouca experiência no que tange a produção industrial nada favoreciam o surgimento de uma teoria administrativa com conceitos rígidos e imutáveis. De qualquer forma, não podemos ignorar as limitações de suas percepções.

 

Talvez o maior equívoco de Taylor esteja em sua concepção de homo economicus, perspectiva esta que pressupõe o ganho material e financeiro como o principal fator motivacional, não importando quão monótona e mecânica seja a tarefa. O empregado deveria produzir como um robô, sem exercer qualquer significado psicológico no trabalho. A análise do ser humano limitava-se apenas ao campo fisiológico, desconhecendo aspectos psicodinâmicos hoje inquestionáveis.

 

A Administração Científica é indiscutivelmente incompleta, parcial e inacabada, restringindo-se aos aspectos mecanicistas das organizações e desconsiderando os aspectos humanos. A organização é concebida como algo estático, como uma grande máquina. Taylor visualizava-as como um sistema fechado, sem qualquer influência de variáveis externas, algo impensável na moderna administração.

 

 

Enfim...

 

Taylor foi impreciso em vários pontos, é dispêndio de tempo ficar enumerando quais, no entanto é fácil dizer onde deu certo e errado quase um século após a publicação de "The Principles of Scientific Management".

 

Inevitavelmente as limitações da aplicabilidade de sua ciência surgiriam ao longo do tempo. O mundo mudara e os complexos organizacionais, por sua vez, acompanharam tal transmutação. À luz da modernidade alguns de seus princípios parecem inconcebíveis, porém é irretorquível que Taylor foi contemporâneo ao seu tempo e que suas idéias continuam a nos influenciar.

 

Parafraseando Sir Isaac Newton, é fácil enxergar além quando se está sobre ombros de gigantes. Taylor foi um gigante e quanto a isso não há o que se discutir.


 

 

Referências Bibliográficas

 

WIKIPÉDIA. Frederick Taylor. Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Frederick_Taylor>. Acesso em: 15 set. 2009.

 

WIKIPÉDIA. Taylorismo. Disponível em:<https://pt.wikipedia.org/wiki/Taylorismo>. Acesso em: 15 set. 2009.

 

YOU TUBE. Taylor e a Administração Científica. Disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=F6sGwgkneuU>. Acesso em: 15 set. 2009.

 

TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de Administração Científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 1990. 109 p.

 

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: uma visão abrangente da moderna administração das organizações. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 634 p.

 

FARIA, Caroline. Frederick W. Taylor. InfoEscola, 28 março 2009, Administração, Biografias. Disponível em: <https://www.infoescola.com/biografias/frederick-taylor/>. Acesso em : 19 set. 2009.

 

SOUZA, Neolson Batista. Um pouco da história de Frederick Taylor. Administradores, 27 novembro 2008. Disponível em: <https://www.administradores.com.br/artigos/um_pouco_da_historia_de_frederick_taylor/26591/>. Acesso em : 20 set. 2009.

 

SILVA, Angela Maria da; SANTOS, Rosângela Salvador Boral dos. As influências e contribuições dos estudos de Taylor nas organizações contemporâneas. Revista Universo Acadêmico UNIVEN, Espírito Santo, n. 7, jan/jul. 2005. Disponível em: <https://www.univen.edu.br/universo_academico_07.asp>. Acesso em: 20 set. 2009.

 


 

 

 

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