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DISCUTIR CONTRIBUI PARA EVOLUÇÃO

26/03/2010 19:54

Discutir contribui para a evolução

 

Jornal do Brasil

 

RIO - Discutir faz bem à saúde. Pelo menos no âmbito de uma empresa, é o que revelou uma pesquisa realizada na Inglaterra por uma consultoria estratégica. Segundo o levantamento, onde foram ouvidas mais de mil pessoas de diferentes atividades, estes debates – desde que não se parta para o lado pessoal – produzem efeitos positivos, trazendo novas ideias e propostas para o crescimento não só da corporação, como também dos funcionários.

Comum em empresas dos Estados Unidos e da Europa, a prática ainda soa estranho para o brasileiro, que muitas vezes acha que a discussão é motivada por questões pessoais e não profissionais. Segundo Luiz Alberto Ferla, CEO da Talk Interactive e da Knotec, este tipo de pensamento é comum entre os brasileiros.

– O brasileiro é sentimental, cordial e leva as relações profissionais para o lado pessoal, o que não acontece, por exemplo, nas empresas estrangeiras onde as relações são profissionais. No entanto, estes conflitos de ideias são importantes por gerar opiniões diversas, que em muitos casos, podem trazer benefícios para a empresa, além de fornecer uma visão diferente que o líder do grupo tem – diz.

Estímulo

As discussões e debates acalorados, ao contrário do que se possa pensar, podem servir de estímulo para o grupo que tende a deixar a inércia de lado, passando a tomar atitudes concretas, visando ao crescimento da organização e a seu próprio. Quem já participou destas reuniões sabe o que acontece nestes embates profissionais, caso do analista Luís Eduardo Santos, que trabalhou em uma multinacional, onde era comum este tipo de situação.

– Nas primeiras vezes me senti péssimo, ao ver dois companheiros discutindo. Achava o clima pesado nas reuniões. Com o tempo mudei minha opinião. As cobranças feitas nunca atingiram o lado pessoal das pessoas, exigia-se mais participação e empenho. Na época, minha produção aumentou consideravelmente. Levei para o meu novo emprego esta prática, mas ainda não apresentou os resultados que esperava – conta o analista.

Outro que passou pela mesma situação é o consultor Sérgio Ramos, só que antes da primeira reunião de trabalho foi avisado de como funcionava.

– Não foi muita surpresa para mim, porque haviam explicado como funcionavam as reuniões. Mas confesso que a primeira foi um choque. O que mais chamou minha atenção foi ver as duas pessoas que haviam discutido conversarem normalmente depois do trabalho. O problema maior é quando o líder do time encara o questionamento e as cobranças como algo pessoal, fato que presenciei e resultou na demissão de quem criticou as metas traçadas pelo líder de equipe – revela o consultor.

 

12:29 - 07/12/2009


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